3 cenários possíveis para sua nota no PNTP 2025 – e o que fazer em cada um

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No dia 04 de dezembro, muita coisa vai além de um simples resultado: prefeitos, secretários, controladores internos e equipes técnicas vão, literalmente, se enxergar no espelho do PNTP 2025. A nota que será divulgada não traz apenas um número. Ela revela o quanto a gestão está, de fato, comprometida com a transparência pública – e o quanto ainda precisa evoluir. É natural que exista apreensão. Mas a verdade é que o dia 04/12 não precisa ser vivido como uma surpresa nem como um susto.
Em vez de esperar passivamente pelo resultado, a gestão pode fazer algo muito mais inteligente: se preparar para 3 cenários possíveis – uma nota alta, uma nota intermediária ou uma nota abaixo do esperado – e já ter um roteiro claro de como agir em cada um deles. Quando o gestor faz esse exercício prévio, ele reduz o improviso, ganha segurança na hora de se posicionar e transmite confiança para a equipe e para a população.
Este artigo foi pensado justamente para isso: ajudar você a se organizar antes da divulgação do resultado do PNTP 2025, para que qualquer que seja o resultado, ele seja usado como ponto de partida para fortalecer a imagem da gestão, aprimorar o Portal da Transparência e alinhar a comunicação institucional. Nos próximos tópicos, vamos caminhar juntos pelos 3 cenários possíveis e pelo plano comum que une todos eles – uma agenda concreta de melhoria em transparência pública.
Cenário 1 – Nota alta: consolidar, comunicar e continuar evoluindo
Quando o resultado do PNTP 2025 vier com uma nota alta – acompanhada de um Selo Diamante ou Ouro – a primeira atitude da gestão precisa ser bem clara: reconhecer que há mérito real nesse resultado. Ele não acontece por acaso. É fruto de decisões políticas, de organização interna e, principalmente, do trabalho silencioso de equipes como controladoria, contabilidade, licitações, TI, planejamento, orçamento e jurídico.
Uma postura madura, nesse cenário, é o gestor assumir publicamente que o bom desempenho é construção coletiva. Isso fortalece o time, incentiva a manutenção do padrão de qualidade e mostra à população que a gestão não enxerga a transparência como peça de marketing, mas como prática de rotina. Ao mesmo tempo, evita a narrativa do “eu fiz”, substituindo por “nós construímos”. Isso gera pertencimento interno e reforça a cultura de transparência.
Mas é importante ter clareza de um ponto: nota alta não significa transparência perfeita. Mesmo entre os melhores avaliados, o relatório do PNTP quase sempre aponta critérios não atendidos que, na correria do dia a dia, podem ter ficado em segundo plano. É justamente aí que mora a grande oportunidade. Em vez de encarar o resultado como ponto final, a gestão pode tratá-lo como mapa de melhoria contínua, identificando quais ajustes podem elevar ainda mais o nível de transparência no próximo ciclo.
Nesse cenário, o movimento estratégico é duplo. Por dentro, a gestão aprofunda o que já funciona: revisa processos, lapida rotinas de atualização do Portal da Transparência e transforma os pontos de atenção do relatório em um pequeno plano de ação com prazos e responsáveis. Por fora, comunica com clareza e responsabilidade: informa a população sobre a boa avaliação, explica de forma simples o que a nota significa e sinaliza, com serenidade, que ainda existem pontos em aperfeiçoamento.
Quando esse equilíbrio é bem conduzido – orgulho pelos avanços, humildade para reconhecer o que falta e compromisso concreto com a evolução – a nota alta deixa de ser apenas um número. Ela passa a ser um ativo político e institucional que reforça a credibilidade da gestão e consolida a transparência como marca permanente, não como fato isolado do dia 04 de dezembro.
Cenário 2 – Nota intermediária: reconhecer avanços e assumir compromissos claros
Agora vamos falar de um cenário que, na prática, é o mais comum: a nota intermediária. Não é um resultado desastroso, mas também não coloca a gestão entre as referências em transparência. Às vezes vem acompanhada de um Selo Prata ou um Nível Elevado, às vezes nem isso. É aquele meio do caminho em que a sensação é: “melhorou, mas ainda não está do jeito que deveria”.
Aqui, o maior risco não é a nota em si. O maior risco é a narrativa que a gestão escolhe construir em cima dela. Se o discurso for “está tudo bem, foi ótimo”, a mensagem que chega para a sociedade e para os órgãos de controle é de acomodação. Se o discurso for “está tudo ruim, nada presta”, a gestão desmotiva a equipe, desvaloriza o que já foi feito e passa a percepção de descontrole. Nenhum dos extremos ajuda.
A postura mais inteligente nesse cenário é dupla:
1. Reconhecer publicamente os avanços: mostrar que a gestão já saiu do ponto zero, que estruturou algumas informações obrigatórias, evoluiu em organização de dados, criou rotinas mínimas de alimentação do Portal da Transparência. Isso valoriza o esforço técnico e político que foi feito até aqui.
2. Assumir compromissos claros de melhoria: deixar nítido que a nota intermediária não é ponto de chegada, mas de partida. Aqui, o relatório do PNTP vira um aliado. Ele mostra exatamente onde estão os critérios que ainda não foram atendidos ou que foram atendidos só parcialmente. A partir daí, a gestão pode comunicar algo como: “Nós avançamos, mas sabemos que ainda há lacunas. Por isso, estamos assumindo o compromisso de, nos próximos meses, atacar os seguintes pontos…”.
Do lado prático, é importante que, logo após o resultado, a equipe técnica sente com o relatório em mãos e faça um recorte estratégico: quais ajustes trazem mais ganho com menos esforço? Em geral, são melhorias ligadas a informações obrigatórias de maior visibilidade (despesas, receitas, planejamento e prestação de contas, licitações, contratos, folha de pagamento, estrutura organizacional, por exemplo) e à regularidade de atualização desses dados.
Esse é um excelente momento para o Controle Interno assumir protagonismo: organizar um plano mínimo de 30 dias pós-resultado, apontando prioridades, responsáveis e prazos. Quando o gestor vincula a nota intermediária a um plano concreto – público, monitorável e com entregas definidas –, ele transforma um “mais ou menos” em sinal de seriedade: reconhece que já há base construída, mas deixa claro que o objetivo é subir de patamar no próximo ciclo do PNTP.
Em muitas prefeituras e câmaras, porém, existe um ponto sensível que não pode ser ignorado: falta gente com tempo e com conhecimento técnico específico para transformar o relatório do PNTP em ações concretas no Portal da Transparência. As equipes já estão sobrecarregadas com outras rotinas diárias e isso faz com que a transparência acabe ficando “para depois” – mesmo quando há boa vontade política.
É exatamente nesse vazio que a CR2 atua: nós entramos com uma equipe especializada em transparência pública, que já conhece em detalhes os critérios do PNTP, organiza as prioridades e orienta, passo a passo, o que precisa ser feito para que a sua gestão evolua de patamar com segurança.
E o primeiro passo pode ser muito simples: agendar um diagnóstico gratuito do Portal da Transparência, no qual mostramos onde você está hoje em relação ao PNTP, quais são os principais gargalos e quais ajustes podem gerar os maiores ganhos de nota e de credibilidade no menor espaço de tempo.
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Cenário 3 – Nota baixa: transformar exposição em agenda de melhoria estruturada
Chegamos ao cenário que mais preocupa qualquer gestor: a nota baixa. Quando o resultado do PNTP 2025 aponta um desempenho frágil em transparência – sem selo e com índice de transparência abaixo de 75% – a primeira reação costuma ser emocional: frustração, incômodo, sensação de exposição. Isso é humano. Mas é justamente aqui que a forma de reagir faz toda a diferença.
O pior caminho, nesse momento, é entrar no modo defesa: negar o problema, relativizar o resultado, culpar a equipe técnica, a gestão anterior ou até mesmo o próprio programa de avaliação. Essa postura pode até aliviar internamente por alguns dias, mas, para a sociedade e para os órgãos de controle, a mensagem que fica é outra: “não assumimos o problema, logo, não vamos resolvê-lo”.
A resposta mais madura e inteligente é assumir uma postura de liderança tranquila e firme. Algo como:
“Sim, o resultado mostra que precisamos evoluir. E, por isso, a partir de agora, vamos tratar a transparência como prioridade de gestão, com ações objetivas e calendário definido.”
Essa mensagem, quando é sincera e acompanhada de medidas concretas, costuma gerar respeito – inclusive entre críticos.
Do ponto de vista prático, o primeiro passo é encarar o relatório do PNTP como um raio-x detalhado, não como uma condenação. Ele mostra quais critérios “não atendidos” e permite organizar o caos. Em vez de pensar “está tudo errado”, a equipe passa a visualizar, de forma muito mais objetiva:
✅ O que falta publicar.
✅ O que está publicado, mas de forma incompleta.
✅ O que existe, mas não está fácil de encontrar ou entender.
Na sequência, é fundamental priorizar. Nem tudo precisa ser resolvido ao mesmo tempo. A gestão pode começar pelos pontos que representam maior risco de questionamento jurídico e institucional, como cumprimento da Lei de Acesso à Informação, Lei de Responsabilidade Fiscal, LC 131/2009 e demais obrigações ligadas a receitas, despesas, contratos, licitações e pessoal.
É justamente nesse momento que aparece com força um problema que muitos municípios e câmaras conhecem bem: não falta só vontade política, falta gente com tempo e conhecimento técnico específico para pegar o relatório do PNTP, destrinchar critério por critério e transformar tudo isso em um plano de correção viável. As equipes já estão no limite com suas rotinas diárias. Resultado: todo mundo concorda que “precisa melhorar a transparência”, mas a pauta não anda, porque não há braço nem especialização suficientes para conduzir o processo.
É exatamente esse vazio que a CR2 preenche. Nós entramos com uma equipe especializada em transparência pública, acostumada com os critérios do PNTP e com a realidade de municípios de diferentes portes, para organizar prioridades, orientar o que fazer primeiro e construir uma trilha de melhoria possível, etapa por etapa.
E o ponto de partida pode ser simples: realizar um diagnóstico gratuito do seu Portal da Transparência, no qual mostramos, com linguagem clara, onde estão hoje os principais riscos, as maiores oportunidades de ganho de nota e quais ações práticas podem iniciar, de fato, a virada da sua gestão em transparência.
Em paralelo a esse apoio especializado, é importante montar uma força-tarefa interna, envolvendo controladoria, finanças, TI, jurídico e comunicação. A presença de um plano guiado – com prioridades definidas, prazos realistas e responsáveis claros – ajuda a transformar a nota baixa em um projeto de recuperação monitorável. Transparência deixa de ser um tema “solto” e passa a integrar a agenda central de governo ou da mesa diretora.
Quando a gestão assume a nota baixa como alerta e a converte em agenda de correção estruturada, algo importante acontece: o que antes era apenas exposição passa a ser percebido como virada de chave. A população nota a mudança de postura. Os órgãos de controle percebem o esforço concreto. E, no próximo ciclo do PNTP, a diferença tende a aparecer não só na nota, mas, principalmente, na credibilidade e na confiança que a gestão passa a transmitir.
Conclusão
Quando o dia 04 de dezembro chegar e o resultado do PNTP 2025 for divulgado, uma coisa é certa: ele não será apenas um número na tela. Será um retrato da forma como a sua gestão lida com a transparência hoje. Mas retratos não determinam o futuro. Eles apenas mostram o presente com mais clareza.
Se a nota vier alta, o desafio é consolidar o que já deu certo e continuar evoluindo. Se vier intermediária, o caminho é reconhecer os avanços e transformar o “quase lá” em compromissos concretos de melhoria. Se vier baixa, é hora de encarar o alerta com maturidade e liderar uma virada real, estruturada, visível para dentro e para fora da gestão. Em qualquer cenário, o que diferencia uma gestão comum de uma gestão realmente comprometida é a forma como ela reage ao diagnóstico.
É justamente aqui que entra a importância de não caminhar sozinho. Um olhar técnico, externo e especializado ajuda a transformar o relatório do PNTP em um roteiro claro de ação, evitando tentativas e erros, reduzindo riscos e acelerando resultados no Portal da Transparência.
Por isso, quero deixar um convite muito objetivo:
👉 agende o diagnóstico gratuito do seu Portal da Transparência.
A partir daí, você passa a ter um mapa concreto para decidir os próximos passos – com base em dados, e não em achismos.
Seja qual for o resultado do PNTP 2025, você não precisa reagir no improviso.
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Especialista em Transparência Pública, foi um dos precursores do tema no mercado brasileiro, ajudando desde 2011 as entidades municipais a ter uma gestão 100% transparente. Fundador e CEO da CR2 Transparência Pública, a maior empresa do Brasil no segmento.







